1941.032 – Nightfall

Primeira aparição:Revista Astounding Science-Fiction, setembro de 1941, páginas 9-34.
Título em Português:O Cair da Noite.
Publicação no Brasil:O Cair da Noite (2023 – Aleph). Atenção: este livro contém somente esse texto, não confundir com outras publicações antigas (existe uma coletânea que inclui também outros contos publicada pela Hemus e existe a história expandida em forma de romance publicada pela Record)
Comentários:O conto seria mais tarde expandido e adaptado para o formato romance por Robert Silverberg

Resenha: Este conto sofre de uma maldição da qual é muito difícil escapar: a maldição da alta expectativa. Se você é visitante frequente deste blog, significa que acompanha a carreira do Asimov de perto, o que muito provavelmente significa também que já sabe de antemão que este não é somente considerado o melhor conto de ficção científica de Asimov — é considerado o melhor conto de ficção científica de todos os tempos! Mas, sinceramente, temos que manter uma certa perspectiva aqui. O próprio Asimov muitas vezes reclamou (naquele jeito jocoso dele): como é possível que ele não possa ter escrito nada melhor depois de um conto que escreveu no comecinho da carreira!

Bem, eis aqui o que acho:

Em primeiro lugar, a premissa é sensacional. Mas, mais sensacional do que a premissa, é ver como Asimov consegue se colocar no lugar daquelas pessoas e imaginar toda uma perspectiva, um ponto de vista sobre a vida, sobre a história, sobre o universo, desenvolvido por seres humanos que não entendiam o conceito de noite – e eram apresentados à inevitabilidade do ciclo da vida, só que um ciclo muito mais longo e, portanto, muito mais traumático. É um exercício maravilhoso no que se refere a entender que o mundo nada mais é do que um conjunto de impressões que é exclusivo de um grupo que compartilha determinadas crenças, culturas e comportamentos. Nos ajuda a entender não somente que tudo é relativo, mas também quão profunda é a importância do universo ao nosso redor no que se refere a moldar quem somos e nossa relação com o nosso planeta e com os outros.

Tendo dito isso, concluo o seguinte:

SIM, um dos melhores contos de Asimov.

NÃO, não acho o melhor conto de ficção científica de todos os tempos.

NÃO, tampouco acho que é o melhor conto de Asimov. Particularmente sou muito fã de todas as histórias envolvendo robôs e aquelas, para mim, são imbatíveis.

SIM, mereceu todos os prêmios que recebeu na época e que continuou recebendo por um tempo.

SIM, Asimov verde, leitura obrigatória para todos os fãs de Ficção Científica, asimovianos ou não!

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