1940.019 – Homo Sol
Primeira aparição: | Segunda história do autor a ser publicada na revista Astounding Science Fiction, a revista de ficção científica mais importante da época (a primeira história foi “Trends”). Saiu na edição de setembro de 1940. |
Título em Português: | Homo Sol |
Publicação no Brasil: | Foi publicada no livro O Futuro Começou (1978 – Hemus). |
Comentários: | Dois outros contos compartilham o mesmo cenário e formam uma “trilogia”: “The Imaginary” e “The Hazing”, ambos publicados em 1942. É nessa história que Asimov apresenta a psicologia como uma ciência matemática e exata. Mais refinado e plausível, esse conceito ressurgiria no conto “The Encyclopedists” e, posteriormente, se tornaria a Psicohistória da série Fundação. Na página 275 de sua autobiografia In Memory Yet Green Asimov comenta que, mesmo após ter feito uma série de mudanças para agradar Campbell (editor da revista Astounding Science-Fiction), o próprio foi lá e, sem consutá-lo, inseriu alguns parágrafos que Asimov não curtiu. Nas palavras de Asimov: “eles eram no estilo dele, não no meu, (…) e enfatizavam, com um tom de aprovação, a superioridade dos Terráqueos em sua capacidade de fazer a guerra. (…) Era agosto de 1940, lembre-se, e todos estavam na expectativa de uma invasão nazista (…) e portanto eu não estava nem um pouco a fim de encontrar comentários racistas ou militaristas nas minhas histórias, por mais leves e inocentes que pudessem parecer. (…) Desde então eu comecei a omitir extraterrestres de minhas histórias, assim eu nunca mais seria forçado a fazer com que os seres humanos parecessem sempre superiores a alguém, causando analogias infelizes com situações semelhantes na vida real. (…) Da mesma forma, comecei a focar mais em histórias com robôs, pois eu não me importava em fazer os humanos superiores a eles.” |
Resenha: Não sei se é por causa da galáxia habitada por diversas civilizações que fazem parte de uma espécie de “federação dos planetas”; ou se é por causa da premissa que os seres humanos, mesmo quando aparentemente inferiores à outras civilizações, acabam demonstrando uma característica que os faz especiais; o fato é que ambas as razões me remetem muito a Jornada nas Estrelas, mais de 25 anos antes de sua criação em 1966. Asimov, como indicado nos comentários acima, não era muito fã desse ponto de vista, talvez por ter sido imposto a ele na ocasião, o que resultou em alterações em seu texto sem o seu conhecimento. Mesmo assim o conto é divertido e contém uma semente do que viria a ser a saga da Fundação – já a começar pelo título, que possui as mesmas iniciais do pai da Psicohistória, Hari Seldon. Mesmo com a insatisfação de Asimov quanto às mudanças impostas por seu editor Campbell, ainda assim temos uma história que se sustenta e que vale à pena a leitura.
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