1944.050 – Escape! (Paradoxal Escape)

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Sinopse Sintética:

Através de uma manobra um tanto suspeita, a U.S. Robots é convidada a ajudar a desenvolver o primeiro motor de dobra espacial, o que poderia iniciar o processo que levaria a humanidade a um dia, quem sabe, desenvolver um Império Galático. Sua inteligência artificial mais desenvolvida - o Cérebro - é chamada a ajudar, porém tudo deve ser feito com muito cuidado, pois algo de errado não está certo. (!) Nesse verdadeiro encontro de titãs onde eles nunca se encontram de verdade, Susan Calvin, a mais famosa psicóloga de robôs, e os engenheiros Gregory Powell e Mike Donovan irão passar por um teste de percepção e muito sangue-frio para conseguirem desvendar o tamanho da pegadinha em que se meteram.

Ficha Técnica Simplificada:

Primeira Aparição: Astounding Science Fiction Magazine, agosto de 1945, páginas 78 a 98
Publicações em Livro: I, Robot (1950) e The Complete Robot (1982).
Publicação mais recente no Brasil: Eu, Robô (Aleph, 2014)
Título em Português: Fuga!

Curiosidades

- Foi publicada pela primeira vez com o nome de Paradoxical Escape, uma alteração do editor. Asimov reverteu para o original (Escape!), que sempre foi sua preferência, quando o texto foi incluído na coletânea Eu, Robô.
- Primeiro e único encontro dos personagens Susan Calvin, Gregory Powell e Mike Donovan em uma mesma história. Mas é interessante notar que eles nunca realmente se encontram, o que permite que Asimov mantenha as tônicas dos personagens devidamente intactas, ou seja, o tom mais sério nas partes de Susan Calvin, e o tom mais cômico nas partes de Powell e Donovan, sem que um acabe descaracterizando o outro.
- O Império Galático é mencionado como um easter egg, ou um fã-service, antes mesmo que os termos houvessem sido cunhados. Mal sabia Asimov que anos depois realmente ele acabaria por unir a Saga da Fundação com as histórias de robôs em um mesmo universo. Apesar desta aparente evidência, é realmente muito improvável que ele já tivesse a intenção de fazê-lo nessa época.

Resenha:

Foi realmente uma grande surpresa ler esse conto em 2024 e perceber o quão contemporâneo ele é. Bastaria substituir o termo Robô Positrônico pelo termo Inteligência Artificial. As semelhanças de comportamento entre o Cérebro e um ChatGPT da vida são realmente chocantes de tão precisas. E mesmo o resultado do que foi solicitado a ele, que não saiu exatamente como esperado, me lembrou alguns resultados hilários que resultam nos memes mais engraçados ou mesmo perturbadoramente bizarros. É um conto de premissa simples e desenvolvimento descomplicado, exatamente o que Asimov necessitava naquele momento. Precisamos lembrar que ele havia acabado de escrever 4 histórias no universo da Fundação em sequência e estava prestes a escrever a maior de todas até então (The Mule). Ele necessitava de um respiro, e é exatamente o que esse texto é – tanto para ele ao escrever, como para nós, leitores. É divertido, é um quebra-cabeça das leis da robótica típico, enfim, possui todos os elementos que nós, fãs dos robôs de Asimov, adoramos. Dentro da coletânea Eu, Robô ele acaba sofrendo um pouco pela comparação com as outras obras primas que o cercam. Porém aqui, neste contexto cronológico, espremido por textos densos e complexos, o sorriso que este conto me trouxe novamente, e me traz a cada vez que releio, lhe garantiu com certeza um selo Asimov Verde.

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